Tempo sem dono

Nesse lugar retorno querendo paz.

Ou pelo menos clareza

De que passos seguir

Deixando cair e o vento levar tristezas

Ou medos que hão por vir

Procurando entender cada sinal que julgo sentir

Tentando deixar a culpa dos outros, as dores dos outros, a covardia dos outros rolarem pelo ar...

Querendo regar com lágrimas o papel e a tinta borrar

E ver desenhar o que a vontade quiser expressar...

Não chamo tristeza

Nem solidão e muito menos desilusão

Tem dias que nem o sentido sabemos sentir

Tem dias que nem a vontade parece florir..

Somente o tempo sem dono, em completo abandono, é capaz de sorrir...

1º de abril de 2009.

Ângela Pereira.