MUITOS & TANTOS
Lílian Maial
Agora, uma vez mais, te faço uma promessa:
daqui por diante, serei o que me pensas,
terei todos os homens que me habitam,
que são muitos e tantos,
que nem me sobram olhos pra te encontrar.
Farei todas as loucuras que me torturam,
direi todas as mentiras que me atormentam,
e são muitas e tantas,
que já não sei o que é verdade em tua boca.
Cantarei todos os salmos que nunca soube,
usarei decotes, transparências, extravagâncias,
beberei todas, fumarei tudo,
amanhecerei na sarjeta,
vomitando luas e versos,
blasfemando contra os dias e as noites,
com esse soluço preso na garganta.
Entoarei lamentos de beatas pálidas,
entornarei o bálsamo de gotas cálidas,
que me escorrem viscosas pelo rosto em brasa,
até que tu me chegues novamente,
digas o quanto me amas,
o quanto me queres bem,
para que toda essa dor se evapore,
e eu esqueça, uma vez mais,
essa promessa.
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Lílian Maial
Agora, uma vez mais, te faço uma promessa:
daqui por diante, serei o que me pensas,
terei todos os homens que me habitam,
que são muitos e tantos,
que nem me sobram olhos pra te encontrar.
Farei todas as loucuras que me torturam,
direi todas as mentiras que me atormentam,
e são muitas e tantas,
que já não sei o que é verdade em tua boca.
Cantarei todos os salmos que nunca soube,
usarei decotes, transparências, extravagâncias,
beberei todas, fumarei tudo,
amanhecerei na sarjeta,
vomitando luas e versos,
blasfemando contra os dias e as noites,
com esse soluço preso na garganta.
Entoarei lamentos de beatas pálidas,
entornarei o bálsamo de gotas cálidas,
que me escorrem viscosas pelo rosto em brasa,
até que tu me chegues novamente,
digas o quanto me amas,
o quanto me queres bem,
para que toda essa dor se evapore,
e eu esqueça, uma vez mais,
essa promessa.
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