Adeus ao Mar
Despeço-me dele com os olhos
Não que não vá vê-lo mais
Isso não
Mas não o verei talvez desta posição
O privilégio dos prédios é o Mar
Que eu vejo da varanda do meu apartamento
O movimento das ondas está em meus olhos
Que marejam despedindo-se de tanto encantamento
Adeus, Mar. Não esquecerei esta visão
Estou de mudança para outro bloco distante
Onde as pessoas parecem tambem feitas de concreto
Mas que cujas emoções afloram como vagalhões
Adeus, Mar. Adeus...
Minha tristeza não permite que me despeça em rimas
Quisera fazer um perfeito soneto inspirado por Deus
Para te dizer do quanto olhar pra ti me fascina
Dizer que eu adoro a tua calmaria, Mar
Ver a lua refletida em ti é como me ver refletido num espelho
Procurarei te encontrar poraí
E unirei meu corpo à tua praia num feliz abraço. Até já...