Adeus ao Mar

Despeço-me dele com os olhos

Não que não vá vê-lo mais

Isso não

Mas não o verei talvez desta posição

O privilégio dos prédios é o Mar

Que eu vejo da varanda do meu apartamento

O movimento das ondas está em meus olhos

Que marejam despedindo-se de tanto encantamento

Adeus, Mar. Não esquecerei esta visão

Estou de mudança para outro bloco distante

Onde as pessoas parecem tambem feitas de concreto

Mas que cujas emoções afloram como vagalhões

Adeus, Mar. Adeus...

Minha tristeza não permite que me despeça em rimas

Quisera fazer um perfeito soneto inspirado por Deus

Para te dizer do quanto olhar pra ti me fascina

Dizer que eu adoro a tua calmaria, Mar

Ver a lua refletida em ti é como me ver refletido num espelho

Procurarei te encontrar poraí

E unirei meu corpo à tua praia num feliz abraço. Até já...

Angelo Tomasini
Enviado por Angelo Tomasini em 01/04/2009
Reeditado em 02/04/2009
Código do texto: T1517042
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