A janela dos olhos
A beleza um dia eu vi,
Passou por mim numa tarde amarela;
Andava com as mangas puídas
E o coração partido,
Mas ainda assim muito bela.
E se fez um espelho de mim,
Na luz clara que dourava a janela
Vi a tristeza mais densa, assim
Da melancólica beleza juvenil.
E nada se aproximava dela.