O agora

São horas assim

como pegadas de mãe distante

de um amor perdido

ou filho morto

que nos assustam

nos fazem parar

entrar em nosso quarto interno

rever os anos idos

as horas perdidas

e as lágrimas que fizemos derramar

nos olhos de quem nos amou...

na estrada tortuosa

que a vida nos reserva

somos apenas uma curva

e nunca sabemos

o que nos reserva o amanhã...

eis que agora é a hora

de amarmos de verdade

de perdoar erros de amigos

dizer que amamos nossa mãe

antes que ela esteja distante

e a nossos filhos, antes que eles morram...

eis que agora é a hora

de colocarmos sobre a cama

nossos corpos prontos para dar e receber

antes que nos roube o prazer os anos, a velhice, a distância

agora é a verdadeira hora

em que devemos amar...

David Souza
Enviado por David Souza em 31/03/2009
Código do texto: T1515522
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