Os versos que eu queria ouvir. ( Amor na terceira idade)

Hoje, divagando nos meus pensamentos percebo que ainda te vejo

Como nos antigos tempos.

Ainda sua mão se faz forte sobre a minha, e a tua pela ainda é uma visão que minha alma acaricia.

Ainda hoje olho-te e vejo os passos firmes e o teu andar faceiro

como que se foras tu a dona da lua e o brilho dela a ti lhe pertencesse.

olho-te e ainda vejo no balançar dos teus cabelos

as mesmas ondas de paixão que me embalam, fazendo-me sempre entregar-me inteiro.

Ouço-te e a tua voz ainda é da tal menina, ativa, brincalhona e festeira.

Eu ouso dizer que o tempo para ti não passou!

Ainda vejo nos teus olhos o mesmo doce e profundo olhar que me rasgava e me fazia revelar-te os meus segredos.

O tempo encarregou-se de mostrar-me a firmeza da tua fé

E nos momentos mais difíceis teus encantos de mulher

Te faz parecer que éras sempre a derradeira a se render.

Sempre estivestes altaneira!

O tempo, não se deu conta que estavas ficando ainda mais bela e mais sábia. Enganaste o tempo com os teus sorrisos do mesmo jeito que me enganaste

Pois só eu envelhici e tu só remoçaste.

Assim como te vejo, verei eternamente porque o meu amor não envelhece e me constrange sempre a escrever-te os mais puros e singelos versos. Para falar de um amor que não foi o primeiro, embora tenha sido o mais intenso e puro amor... mas por sorte o último, para que assim eu possa receber a morte, adormecido nos braços dos teus beijos.

Agradecido a vida por tê-la tido a vida inteira.

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 30/03/2009
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