Flores
Flores, por todos os cantos, louvando o soberano Deus.
Flores, de todas as cores, de tantos amores, anunciando a paz.
Flores, já não quero mais.
Flores, nem me servem amores.
E agora é tudo ilusão.
Parece que não existem, nem fazem tanta diferença assim se faltarem.
E é necessário muito olor para notarmos.
Flores, assim como antigamente.
Assim nessa perfeição.
As vezes são perfeitas, as vezes enganação.
A beleza é plena mas em seus cantos há espinhos.
E lá estão elas, brilhando mais uma vez.
Namorados presenteando, e a morte as homenageando
Em todas as festa, lá estão elas.
Em todos os cultos, em todos os cantos.
Um paraíso formando.
Mas já não as quero mais.
Pra que querer?
Flores, já não quero mais.
Flores, já nem me servem amores.
Pra que querer então?