Sabedoria (I)
Ponho em meu verso
A pequenez da minha alma
Ante a fulgurante
Imensidão do universo.
Aprendi com as pedras
Que bloqueiam as estradas
Que a vida é curta
As dores longas
E a paz fugidia.
Sou grão de poeira
Ante forças supremas
E curvo-me submissa
Ao meu destino.
Árvores altaneiras,
Castelos suntuosos
Sucumbem às tempestades
E eu, incógnita,
Sobrevivo aos meus dias.