Quereres
Não quero resposta para minhas perguntas
Nem portas para as chaves que possuo
E nem mesmo corpos para os túmulos que fabrico
Não quero imagens para essas nuvens
Nem céus para minhas asas
Mas quero mesmo um caminho para meus pés
Pés que nunca se cansam
De ir,
sempre ir,
sempre
...
Mesmo de cabeça baixa
Ou erguida agora quero andar
Então poderei assumir minha dor
Em forma de lágrima ardente...
Mas enquanto as pessoas me olharem
E me verem como um relógio atrasado
Ou um sino mudo...
Nada me importa...
Quero caminhar sempre
Sem me cansar, sem parar
Pois o que me dizem não me transforma em quebra-cabeças,,,
Eu diria até que nem um novo amor quero
Para não atrasar ainda mais meus passos