Quereres

Não quero resposta para minhas perguntas

Nem portas para as chaves que possuo

E nem mesmo corpos para os túmulos que fabrico

Não quero imagens para essas nuvens

Nem céus para minhas asas

Mas quero mesmo um caminho para meus pés

Pés que nunca se cansam

De ir,

sempre ir,

sempre

...

Mesmo de cabeça baixa

Ou erguida agora quero andar

Então poderei assumir minha dor

Em forma de lágrima ardente...

Mas enquanto as pessoas me olharem

E me verem como um relógio atrasado

Ou um sino mudo...

Nada me importa...

Quero caminhar sempre

Sem me cansar, sem parar

Pois o que me dizem não me transforma em quebra-cabeças,,,

Eu diria até que nem um novo amor quero

Para não atrasar ainda mais meus passos

David Souza
Enviado por David Souza em 28/03/2009
Código do texto: T1510849
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