Enigma

Há que se convir sem discussão

O quanto nos fascina o imponderável

Podemos, vez por outra, abrir mão

do rigor que estabelece o aceitável

Cativa-nos a personalidade

Única, sedutora, convincente

Envolve-nos com naturalidade

Alma que se mostra transparente

E ao sucumbir a tal encantamento

Arrebata-nos um sentir que é buliçoso

Ocupa-nos de vez o pensamento

Tornando o entendimento imperioso

E passa-se então horas e horas

Refletindo-se, como se tudo fosse muito sério

Na verdade é nosso espírito que implora

Que se desvende, para nós, esse mistério!

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 06/05/2005
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