Bacanal
O coração da mulher
Não gosta de calmaria
Por isto estou aquí amiga
Para navegar teus braços
E açoitar a ventania
Nos teus pêlos
Galopa no meu canto
E coloca sangue em minhas veias
Quero irrigar teu corpo
E despejar meus rios
Nos teus
Apanha o beijo guardado
E derrama em minha boca
Saliva doce, saliva nova
Licor da alma da mulher
Te ensinarei esta noite
O bailado das danças impuras
E festejaremos nossos corpos
Entre muitas criaturas
De vinho e musica fartaremos
"À carne o seu real valor"
E que tudo isto vale nada
Sem amor
E quando for manhã
Esqueça o teu lamento
Há o convite do sol
E o assovio do vento.