MONTANHAS DO TIBET
O que importa as montanhas do Tibet,
Os teus sonhos fantásticos, antigos,
Se já tens na alma tanta e tanta fé,
E a confiança total de teus amigos?
És demais culta pra capitular
Nessa humana jornada que te agasta.
És uma referência familiar,
E pra santa consciência, apenas basta.
Que não pensem contrário... Aquilo tudo
Foi crônica inspirada de ocasião,
Foi o estalar poético (que aludo)
Apenas divagando a inspiração.
A cronista compôs o que pensava
Poder acontecer assim no mundo.
São arquivos perdidos no pretérito.
Fechem na mão a brava mamangava,
Apertem bem, depois... Respirem fundo...
Abram a mão e vejam qual o mérito.
É o mesmo que seria no Tibet
Nas montanhas alcantiladas, mudas,
Onde queriam musa andando a pé,
Perdida lá, pelos confins dos judas?!
Esqueçam a montanha do Tibet,
Toda a crônica da época, bem-vinda.
A cronista é a Rainha em boa fé,
Encantadora musa, doce e linda.