Que venha o amor
Diante do tempo, indecifrável templo,
Olho-te, despida dos meus fantasmas,
Com essa absurda claridade
A me escorrer dos dedos.
Nenhum silêncio me basta
Ante a luz das canções adormecidas
Permaneço calada
Na ânsia das palavras
Olhos cerrados
Soletrando o silêncio
Que escorre das horas
Que venhas com o sol
Feito em luz
Música de um tranqüilo amanhecer.
Conceição Bentes
27/03/09