MULHER DE AREIA

Ao primeiro vento me foge das mãos

dissipando no ar e virando nada,

logo a mim que lhe entrego tudo,

até mesmo minha vida controlada.

Os rastros que deixei você apagou,

passeando, indiferente, à minha tristeza,

de ver que você me esquece por completo.

E me tira seu amor, minha única riqueza.

Ah! se todos seus olhares fosse meus,

e, apenas algumas de suas carícias,

Se minhas tardes não fosse tão sofridas,

perdidas, embebidas com suas malícias.

Não fico louco por que sinto a esperança,

que embora vã ocupa o coração magoado,

nas tardes onde me permito a excessos etílicos.

e desapareço na noite como um depravado.

O dia. Esse sim o algoz da conta a mim enviada:

Uma noite perdida por uma mulher não achada.

Uns tombos umas brigas e algumas feridas,

e de você mesmo? Nada, nada, nadinha de nada.

Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 27/03/2009
Reeditado em 22/03/2014
Código do texto: T1508438
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