Um poema das madrugadas
 
 
Musa onde estás?

Assim como o mar se abate no areal.
Assim como o manancial desce das penedias.
Assim como o rio se apressa para a foz.
Assim como o sol é a luz da terra.
Assim são as vozes, que em mim murmuram.
E me dizem coisas, que não quero ouvir.
Coisas, que sei, que me agitam e me assombram.
Pobres são as minhas tragédias,
que assolam o meu pensamento,
e tanto me arrasam e me atormentam.
Porquê este atender a tal vozeada?
Se eu apenas quero, por companhia,
a serena fluidez da primavera.
Não quero atender a esse grito,
que transmuta o meu entendimento.
E que atalha a beleza de outras dicções
Que querem falar e se amplificar
Para os meus poemas inspirar.
As minhas tragédias de pequenas;
 Parecem querer engrandecer.
E a minha musa anda sumida…
Não sabe como me achar.
 
De tta
2009-03-27
 
 
 
 
Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 27/03/2009
Código do texto: T1508315
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