Estranho

Estranho é poder não te ter

Não pela ausencia de sentimentos

Nem pela força do pensamento,

Mas por causa do rosto disfigurado

Da eterna desconfiança.

Estranho as invasões

Subliminares nos corpos,

Numa interação ritmíca

Dos movimentos cósmicos

Tão intensos,

Profundos,

Lascívos...

Estranho te conhecer desconhecendo,

Ao mesmo tempo,

Corpos exaustos

De se explorarem,

Passiando pelo labirinto do ser,

Com passos curtos,

Lentos,

Descobrindo enígmas,

Cruzando fronteiras,

Cheias de frases nuas,

Cruas...

GABLO
Enviado por GABLO em 27/03/2009
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