Estranho
Estranho é poder não te ter
Não pela ausencia de sentimentos
Nem pela força do pensamento,
Mas por causa do rosto disfigurado
Da eterna desconfiança.
Estranho as invasões
Subliminares nos corpos,
Numa interação ritmíca
Dos movimentos cósmicos
Tão intensos,
Profundos,
Lascívos...
Estranho te conhecer desconhecendo,
Ao mesmo tempo,
Corpos exaustos
De se explorarem,
Passiando pelo labirinto do ser,
Com passos curtos,
Lentos,
Descobrindo enígmas,
Cruzando fronteiras,
Cheias de frases nuas,
Cruas...