Era a chuva, forte chuva, tragédia anunciada!
                        I
Tarde suave de verdejar dolente
Eu e Deus sozinhos, dia luminoso
O corpo todo em preguiça dormente
A festejar a vida em pleno gozo.
                        
Era a chuva, forte chuva, que devagar chegava!
                       II
De repente o dia de fez noite doente
E arrepios de medo me enlaçam
Creio eu, ter visto sombras, outro ente
A minha visão tolhida se enlaça.
 
Era a chuva, forte chuva, que furiosa aportava!.
                       III
Olhei os céus, eu vi os céus
Ah!As águas descendo sem dó
Vertendo como cachoeira em branco véu
Inunda sem temor a minha casa, dá nó.
 
Era a chuva, forte chuva, que a tudo inundava.!
                      IV
Pés e mãos já frios, agora molhados
A piscina tão azul, assim transborda
Meus pobres cachorros enlameados
A temível chuva grossa acorda.
 
Era a chuva, forte chuva, que a tudo levava!
                      V
Era o fim, um dilúvio, que amargura
No terror da tarde escura e fria
Eu vi um rosto, mês de agosto
Era ele. meu senhor,que agora via
 
Era a chuva, forte chuva, que o meu Deus aplacava.!
sandra canassa
Enviado por sandra canassa em 26/03/2009
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