À janela do caminho
Véra Lúcia de Campos Maggioni®
Vera&Poesia®
Escrito especialmente para a poesia Refém de Mim de Zena Maciel
Sem vontade de despertar,
na noite adormecida, ó poeta,
momento em que teu estar está desalentado,
o teu sonho é que é o constrangido,
parecendo tão amarelecido,
apenas do pesar estás cansado.
Exala dos teus poros o pó da estrada,
no reflexo do teu ombro, despido:
E, que ao nada ver, já viu tudo.
No panorama intenso que desfraldas
há o acorde, teu amigo, sim, amigo alado,
que na companhia ilimitada é insone,
no tempo sem início nem fim, concorde,
onde a vida não se incomoda, não se esconde,
pois que te recorda.
Assim, sentimentos plenos tu declaras,
folhas ao vento soltas, lamentos,
aquilo que tramita em ti e libertas
ao te deitar em regaço terno.
De ti, no clarão, vejo pela fresta,
há fermento na tua testa,
este que nos dias te a_cresce, embala,
e que no silêncio não se abala,
mesmo em palavras de fadiga,
ou não por completo retrata.
O eterno compasso não te engana,
no espaço por onde tudo resvala,
volta a ti, sendo estágio
no âmago que nunca se cala,
à janela do caminho falas.
Véra Lúcia de Campos Maggioni®
Vera&Poesia®
26 de março de 2009
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Véra Maggioni