CHATO DE GALOCHA

Sempre, se faz o óbvio

Do que se dá na telha,

Se, sóbrio, nunca se deixa

Que se puxe a orelha,

Mesmo, quando se cai

Diante de algum erro,

Até, que, prejudicial,

Asi e a terceiros...

Nunca, ser, se quer,

Conduzido pela mão,

O caminho, só, se segue,

Sem se atravessar na contramão...

Se alerta, a quem, atráz vém,

Que se pise no freio

Quando se pára, pois,

Se bater e amassar,

Se cobra o conserto do estrago...

Se é chato de galocha,

Meio que, ranzinza, às veses,

Pois, que, se tenha cuidado,

Se é louça que fácil se quebra,

Se derrubada por descuido...

Então, que se precavenha,

Em se tratando de moral,

Se é moralista, obedeça-se...

Mas, apesar dos defeitos,

Bom sujeito se quer ser,

Que se aproxime e que se diga

Se se aje certo, no proceder-se...

Na procura insessante

De só se fazer amigos,

Que se ignorem as mui falhas

Na grave falta de raciocínio...

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 26/03/2009
Código do texto: T1507581
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