ALGUÉM
Alguém! por favor...
Ninguém me entende.
Meus símbolos tornaram-se sinais.
Os significados tornaram-se significantes,
ou será, insignificantes?
Primeiro vem o eco,
depois a palavra completa.
Não entendem a linguagem que sai da minha boca,
apenas a de minha língua.
A linguagem do corpo
Só é completa enquanto a cadência do seu corpo se faz presente.
Depois do êxtase,
só o silêncio se faz valer... se faz velar.
Mas este não é o nosso mundo,
é o meu mundo.
Tenho a vida como um palco
e junto dos palhaços
represento a felicidade no grupo.
Sou irmã da solidão.
Alguém! por favor...
Aplausos.
Ninguém. me entendo, eu existo?
e morro depois da vírgula,