Doce tentação

Angélica T. Almstadter

Onde acende a brancura dos meus seios?

Pouco importa, se na boca,

Ou nas mãos impuras,

Se a vertigem ronda e tonteia a razão,

Doce prisão essa nos teus arreios,

Para o bico que ponteia diabruras,

E falseia dentro das mãos.

Onde se deita a maciez dos meus seios?

Será na curvatura do teu corpo que o tempo verga?

Não importa. Nem se são nos cetins ou linho;

Se arrepia no calor que os alberga,

No leve tremor de dedos que os eriçam...

Onde apontam os meus seios buliçosos?

Sob a blusa fina que os esconde,

Quando teus olhares de leve cobiçam,

E os desvia envergonhado,

E nem sabe pra onde...

Com medo do pecado.

Onde se aninham meus seios amorosos?

Sob a luz insinuante da lamparina?

Nos meus sonhos de menina,

Com desejos indecorosos...

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 06/05/2005
Código do texto: T15070
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