Imaginário do Mar
De início ondas rebentam sob meus pés
Refrescando tanto quanto seduzindo
Conduzindo-me aos poucos para mar aberto
É certo que aos poucos muda-se o “viés”
A água agora, vai me engolindo
E o corpo lasso queda-se encoberto
Súbita alegria envolve minha alma
Atiro-me confiante sob as águas
Num arabesco quase engraçado
Naquele instante saboreio a calma
Que em meu peito deságua
Sentindo-o livre e desembaraçado
Sem saber toco o inatingível portentoso
Posto que nas profundezas do Mar
Encontra-se infinita magia
Navegante deslumbrado e curioso
Entrego-me sem medo de explorar
Inda que subjugada por atípica afrasia
Estranho silêncio no oceano se faz notar
Onde a vida se impulsiona imersa e latente
Como a tecer com paciência o dia a dia
Identifico-me com este universo singular
Que se mostra objetivo e transparente
Fonte infinita da mais pura energia!