Acalanto
Velo teu sono
de prata,
homem cheiroso
de mar...
Em meio sorriso,
já despido do dia,
no futuro
ou no passado,
estás a sonhar.
Barba
por fazer,
acomodas a cabeça
em meu colo.
Acalanto a paixão
que nos cerca,
enquanto te
entregas
ao simples gesto
de esquecer
nuvens e aço.
Mas acordo,
esfrego os olhos e vejo
que quem sonhava
era eu,
longe de ti,
em vertigem...
Mulher passarinho,
sem asas para voar.
11/02/2008
Um dos meus primeiros rabiscos
que resgatei da "lixeira".
Imagem do google