Escapatória para a idealização
Que vida bela é essa que não damos valor?
Entranhas alheias se contraem ao respirar,
Fios de células estão todos a pulsar.
E a nossa respiração está a nos questionar.
Fazem perguntas nas quais não tenho respostas.
Tapo os olhos e os ouvidos,
Finjo que nada estou a perceber,
De meus problemas não quero nem saber.
Faço de conta que nem estou ali
E sim em um lugar espetacular,
Onde as flores brotam sem parar,
Ninguém está ali para me interrogar.
Quero fugir do meu mundo.
Fingir que os apuros não acontecem comigo,
Que sonhos sejam a etapa seguinte
Havendo sempre um grande amigo comigo
E meus passos que me sirvam de amigo.