Levianos Olhos

Levianos olhos meus,

Resolutos corações humanos,

Deste lado, um morre de fome,

Do outro, aquele goza e come.

Quem somos nós além de traças cruéis?

O que partilhamos de nosso dia?

Voa o tempo nas asas dos cordéis,

Grita o poema, mas não é ouvido,

És Terra, que escarnece, vadia,

Num imenso ciclo subdesenvolvido...

Rafael Otávio Modolo
Enviado por Rafael Otávio Modolo em 25/03/2009
Código do texto: T1505508