Levianos Olhos
Levianos olhos meus,
Resolutos corações humanos,
Deste lado, um morre de fome,
Do outro, aquele goza e come.
Quem somos nós além de traças cruéis?
O que partilhamos de nosso dia?
Voa o tempo nas asas dos cordéis,
Grita o poema, mas não é ouvido,
És Terra, que escarnece, vadia,
Num imenso ciclo subdesenvolvido...