TRAIÇÃO NO JARDIM
No canteiro das flores não há abelhas
mas vespas negras de traição
de ataques fulminantes e mortais.
Rodopiam as sombra em redor
com ventos cada vez mais sufocantes.
Quem disse que eu passava por aqui?
Onde está quem de Judas se vestiu?
Urdem-se teias espessas e pesadas
que me cercam os passos.
Solto um grito em sirene pelo ar:
Eis aqui os monstros, os fantasmas,
os que todos odeiam, os que querem
fazer do pensamento um lixo inútil.
Manietam-me e transportam-me à força,
como um fardo.
Mas jamais conseguirão estrangular
a liberdade que me prende à terra.
(27 de Setembro de 1972)
No canteiro das flores não há abelhas
mas vespas negras de traição
de ataques fulminantes e mortais.
Rodopiam as sombra em redor
com ventos cada vez mais sufocantes.
Quem disse que eu passava por aqui?
Onde está quem de Judas se vestiu?
Urdem-se teias espessas e pesadas
que me cercam os passos.
Solto um grito em sirene pelo ar:
Eis aqui os monstros, os fantasmas,
os que todos odeiam, os que querem
fazer do pensamento um lixo inútil.
Manietam-me e transportam-me à força,
como um fardo.
Mas jamais conseguirão estrangular
a liberdade que me prende à terra.
(27 de Setembro de 1972)