Tarde demais

O que foi feito não dá para ser desfeito.

Quem brinca com fogo, se queima.

Agora é conviver com mais uma cicatriz.

Luto contra o que sinto, mas não tenho controle.

Foi dada a largada, o relógio não pára.

Me coloco nos braços do tempo

na esperança de que ele me embale

um sono profundo, longo.

Ao despertar quero ter esquecido

a sua língua, os seus olhos,

as suas mãos nas minhas pernas e nuca.

Quero ter parado de ouvir o que a sua boca me disse.

Porém, estou desperta, insone.

As lembranças presentes pulsam cheias de vida.

Alimentando-se de minha confusão.

Bebi de um bom vinho, ouvi o meu coração.

E tudo o que aconteceu, faz sentido...

LilithV
Enviado por LilithV em 24/03/2009
Código do texto: T1504209
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.