Palpável
A poesia deve ter voz
Para quem não lê, ouvir
A poesia deve ter forma
Para quem não ouvi, sentir
A poesia deve ter cheiro
Para quem não vê, exaurir
A poesia deve ter gosto
Para o corpo sorrir
E não apenas a norma culta
A metáfora dúbia
que apenas os eruditos farejam
deve ter o caminho encurtado
o coração do povo cativado
o resultado consumado
o horizonte clareado