Alguns poemas antigos pessoais (2004/2005)

Minhas amigas e amigos internautas e leitores...

Coloco aqui alguns poemas compostos por mim, entre 2004 e 2005. Tenham uma boa leitura!

Abraços!

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"A dor de estar sozinho..." Feito no dia 18/10/2004 às 11:30h

A dor de estar sozinho.

A dor e a angústia de ter amado alguém,

Desprovido de ciúmes e desconfianças,

Sem vingar-me de qualquer forma iracunda

Que porventura tenha recebido

Por quem muito amei.

A dor de estar sozinho.

A dor em perceber que, por este alguém,

Renunciei voluntariamente

A todas as opções que poderia escolher

Para almejar um amor tão sólido e firme

Que infelizmente não pude obter.

A dor de estar sozinho.

Resignar-me com a minha solidão

Ao invés de lutar quixotescamente,

Em vão e em vão novamente.

Espero, quem sabe um novo amor,

Já que este último delibera me rejeitar.

A dor de estar sozinho.

Contar com a esperança,

Ainda que esta esperança fugidia

Esteja assim para mim.

Buscar com minhas frágeis forças em algum alento

Para desejar um momento de paz e felicidade.

A dor de estar sozinho.

Na melancolia breve de quem sozinho ficou

E que com todas estas esperanças,

As tais se desvaneceu,

Por um toque de ressentimento mútuo,

Sem confrontá-los com o entendimento.

A dor de estar sozinho!?

A dor de estar brevemente

Ou longiqüamente

Sem a companhia

De quem por longo tempo

Me dediquei e amei?

A dor... não... somente a dor.

Quero suprimi-la com uma verdadeira companheira;

Jamais exclusivista, tampouco alheia!

Sobretudo, uma meiga musa atenta e meiga

Ao olhar brando e carinhoso

De um poeta carente de carinho e amor.

E assim, se aos meus olhos mereço tanta dor,

Persigo, aos poucos, a alforria

Da felicidade que tanto busquei.

Aos olhos de terceiros, quero-os longe de mim,

Procurando, sem quaisquer censuras,

Alguém que faça feliz e alegre o meu ser.

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"Procuro por alguém" Feito no dia 20/10/2004 às 16:51h

Procuro por alguém...

Por este alguém que mude o meu horizonte.

Por este alguém que traga para mim

A vontade de viver

E de sonhar, de todas as formas,

Sonhos realizáveis e sonhos incompreensíveis.

Procuro até agora por este alguém.

Por mais que eu tivesse

Momentos felizes com quem eu amei,

Quero, sobretudo,

Buscar esta marca de felicidade

Para quem está disposta

A trazer isto para mim.

E se este alguém que eu procuro,

Juntar a sua metade

Com a minha metade,

Formando uma unidade bem unida e única,

Estarei encontrando

A quem, por tanto tempo procurei

E busquei,

Dentre as pessoas que amei,

As pessoas que apenas simpatizei

E até com outras que me hostilizaram.

Ainda assim, nesta esperança,

Quem sabe se no final deste poema,

Não poderei encontrar este alguém

Que tanto me debatia em encontrar?

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"Vestes" Feito no dia 21/10/2004 às 12:21h

Quero despir desta capa de tristeza

Para adornar-me com vestes de alegria!

Alegria que renovará meus sonhos

E a vontade de amar alguém.

Vestir-me com alegria,

Para perceber que vale à pena

Sentir-se leve e de bem com a vida,

Sem ter que me entristecer por nada

Ou criar dissabores sem sentidos,

Mas saber o quanto é bom ser feliz.

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"Estender as mãos" Feito no dia 27/10/2004 às 18:11h

Sei que preciso de ajuda...

Ainda mais quando ninguém

Está disposto a estender suas mãos

E me cuidar.

Fico sozinho e isolado,

Pensando na vida,

Nos bons momentos

E das lembranças que pude guardar...

Mas agora, nem a lembrança

Me garante a certeza de felicidade,

Torturando-me cada vez mais

Ao lembrar-me de grandes amores e velhos amigos.

Quem sabe, se neste final de poesia,

Quando, em plena melancolia,

Alguém possa estender para mim a sua mão,

Concendendo-me esperança e alegria...

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"Algo surreal" Feito no dia 29/10/2004 às 11:20h

Uma mulher enigmática.

Ao mesmo tempo que aparece

E admira o que eu faço e penso,

Some também quando me sinto atraído por ela,

Sem mesmo deixar algum rastro

Que compactue ou corresponda

Todo o meu carinho, atenção

E vontade de amar que tenho por ela.

Ela é algo surreal!

Sei que ela existe

E está bem "próxima" de mim, geograficamente.

Mas a sua proximidade está tão distante

Mesmo nos pontos mais convergentes

Que Vila Valqueire nos proporciona.

Eu quero ser bem próximo dela.

Eu quero ser feliz,

Mas só sei que posso ser feliz

Ao lado dela.

E assim, de todos os sonhos

E ideais que cultivei ao pensar nela,

Tenho esperança de um dia conseguir,

Caso ela, em toda sua sensibilidade,

Possa entender que toda a minha vida

Está centrada em todo o meu pensamento,

Carinho e sentimento que tenho por ela.

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“Não fujo da luta” Feito no dia 21/11/2004

Não fujo da luta

Mesmo quando é árdua a labuta!

Mesmo se, quando amamos este alguém,

Este mesmo alguém se esquiva como ninguém

Para salvaguardar seus paradigmas,

Seus projetos e vida,

Suas idiossincrasias

E o que mais for,

Para reprimir com ardor

Algo tão sereno e ímpar quando este amor.

Não fujo da luta,

Ainda que de forma cruel e poluta,

Mesmo quando é árdua a luta

Para buscar,

Perseguir

E alcançar

O amor que talvez

Não possa conquistar!

Por isso, invisto nesta luta!

Pois quanto mais árdua torna-se a labuta,

Maior é a vitória da luta

Por aquilo que tanto procura

O poeta, com ternura e doçura.

Assim, com ardor,

Ao procurar intensamente este amor,

Estarei na luta

Por toda esta labuta

Para encontrar, quixotescamente,

Aquela que, em um dia, terei ou não

Como única e sempiterna (se possível)

Amada e ataviada.

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"Inspiração da madrugada" Feita no dia 29/01/2005 às 04:45h

Quem sabe se, do nada,

Em plena madrugada,

Surge um amor alvissareiro

Que, com amor inteiro,

Possa sobressair-se

Como o amor intenso do porvir...

Amor ímpar, cristalino;

Pleno, fiel e íntegro.

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"Eu quero orar" Feito no dia 09/03/2005 às 18:50h

Todas as vezes que eu quero orar,

Vem à minha mente um amor intenso ao Senhor.

Amor voluntarioso, comprometido,

Em consonância com o Seu querer!

Quando começo a orar,

Sei que Deus faz coisas

Que sequer nossa mente

Poderia planejar ou cogitar.

Na oração eu enfrento os meus medos;

Confronto com meus intentos egoístas

E busco, em Deus, entender o que Ele quer de mim,

Para viver uma vida alegre e repleta de paz.

Todas as vezes que tento orar,

Peço a Deus sabedoria para saber falar.

No momento em que for orar,

Peço a Deus discernimento

Para entender o que Ele quer me revelar.

Sobretudo, fortalecer-me no Seu poder

Para viver ao Seu lado,

Sem cogitar em deliberadamente pecar.

No momento de orar

É que largo o meu orgulho hipócrita!

Peço a Deus e me humilho, para pedir perdão

A quem fui pedra de tropeço;

Perdoar a quem me magoou,

Demonstrando o amor de Deus em mim.

Por isso, eu quero orar...

Por isso, eu quero orar!