...recorte de janela...

Olhando o horizonte

Num recorte de janela

Por sobre as faces geométricas desses prédios

Andar por andar, no sétimo

Nesta Xavier de tantos Toledos

De tantos pedestres, veículos, camelôs

De misturas estranhas, lojas & botecos

Com o ar quase irrespirável

Fico atônito, lacônico, bobo,

E não enxergo a minha pequenez

Nesse turbilhão de muitas mentiras,

Meias-verdades e ilusões

O sexo passou mais cedo,

E não deixou recado

Tão perto da minha Santo André

E longe do meu mundinho,

Com aquelas parcas alegrias

Hoje foi um grande dia

Mas amanhã, ninguém sabe se vai chover.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 06/05/2005
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