Longa é a noite
Sou cantor dissonante, inconstante
Poetisa sem rima, mutante
Sou pardal, não tenho beleza
Mariposa na noite, sem realeza
Viajante sem destino, vespertino
Carrego nos ombros o peso do desatino
Mas sou consciente, crente, paciente
Na madrugada, arrasto corrente
Sigo pensante, ansiosa, acordada
Longa noite insone. Mais nada.
Mariluxa