Desatino

Tendo andado por tantos caminhos

Perdendo-se em encantos e sorrisos

Guiando-se por rumos imprecisos

Buscando flores, colhendo espinhos

Transtornando o senso, e sem juízo;

Segue dialogando, mesmo sozinho

Fantasiando a sorte dos adivinhos

Desejando a morte e os seus avisos

Como um alvo aleatório do destino

Como o filho da razão com o desatino

Um ateu perdido ruminando preces,

Que ensandecido incendiou as vestes

Protagonizando a orgia da desgraça

Poluindo o ar e atravancando a praça