CANTO PARA O FUTURO NO PASSADO
O burguês é o poder
com mão-de-obra barata.
As incansáveis mãos em obra
não carregam armas,
não assumem a fala engasgada.
Vulto aos pés,
pasta e flanela,
couro brilhante,
mãos hábeis,
futuro incerto,
vida curta.
Não é missa de sétimo dia,
alma perdida,
corpo apedrejado.
Secos olhos em pranto
em frente à igreja.
O lucro é residência do pecado
erguida na ambição desenfreada por fartura.
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Este poema compõe o projeto “O tolo, o roto e o homem”.