MÃE I

MÃE I

Ama-a, cheia de defeitos ou de bondade

Ama-a tal qual é, porque ela é tua mãe

Não lhe meças os erros se é que ela os tem

Tampouco a enobreças se for cheia de bondade.

Ama-a, porque ela deu um pouco de si mesma

E dessa dádiva, brotou um rebento. És tu!

Que ela, jamais, deixou secar enquanto que tu...

Tornas-te indigno de ser filho dela mesma.

Ama-a, como um filho deve amar sem preconceitos

Porque o amor de uma mãe não pode ser ultrajado

E aquele que o fizer, será eternamente condenado.

Será um réprobo, um monstro, sem mais direitos.

Cobre de beijos, sua pele já sulcada de rugas

E em cada fio de cabelo argenteado

Deposita um beijo e perdoa seu pecado

Assim como ela em criança perdoava tuas fugas.

Mas se assim não for, redobra então teus carinhos

Para que um dia, quando morrer, leve na lembrança,

A certeza de que na terra deixou uma esperança!...

A quem mais tarde, será a luz de seus caminhos.

São Paulo 04/04/1964

Armando A. C. Garcia

Armando Augusto Coelho Garcia
Enviado por Armando Augusto Coelho Garcia em 03/05/2006
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