Metamorfose
Ao longe algo me chama...
Vaga por entre a névoa fria
O meu mórbido e risível fantasma.
Vou no todo texto e pretexto,
Um poema in verso
Um anjo meio perverso.
Ser metamórfico,
Desprezível artifício
(sou eu, um ser fictício?).
E em toda paisagem morta
A constatação ignóbil in petto
Que para a vida sou inóspito.
E de minha morte artificial,
Quase sempre doce e mortal,
O sempre riso cadavérico.