CRISE DE
INSPIRAÇÃO
E ela vaio outra vez.
Ainda sem tédio, uma crise.
Crise de inspiração
que despreza a solidão,
vem com sua altivez,
sem que ninguem avise.
O piano emudece,
as flores murcham,
a natureza entristece,
o afago não aquece
e as vozes se calam.
A caneta na mão,
o papel vazio...
na alma um frio
que regala escuridão.
A lareira apagada
e o sabor do nada.
A brisa é mais fria
na noite que supera
este dia incolor.
Mas um poeta espera
reencontrar o amor,
reencontrar a poesia.
SP. 20/03/09