Quando os rumos tomam contornos que,...
Quando os rumos tomam contornos que,
A par de nossa vontade miúda,
O quase terror nos toma,
Cercando nossas posições, desejos,
E outros, no regojizo do descaso
Idolatram a derrocada com um prazer augusto
Neste campo, só de pensar
Trememos pela dor da grama pisada
Trazendo em si, uma angústia que não buscávamos
O amargo gasto, como uma nota esmorecida
Jorrada nos desejos,
Inanimada, rota e perdida
Talvez os rumos possam ser outros, talvez
Mas quem, sem deter-se ao passado
Tem no presente, o que o futuro será?
Alguém dirá, ...arrisque-se...
Outros, deixe o tempo escrever
Mas ninguém aportará em calmaria
Com tantos copiando máximas perdidas
Onde, vantagens pertinentes, chegam primeiro
Sem o devido talhamento do seu produto
A dignidade deflorada pela cobiça alheia
Calcada em matizes funestas, aborta
Quase que prematuramente
Qualquer projeto de viver
Como se tanto, de sabor duvidoso
Tragado aleatoriamente
Representasse
Algum bom partido,
Produto acabado, inútil e avesso ao ser,
Ao estar, ao fazer.
Peixão89