Quando os rumos tomam contornos que,...

Quando os rumos tomam contornos que,

A par de nossa vontade miúda,

O quase terror nos toma,

Cercando nossas posições, desejos,

E outros, no regojizo do descaso

Idolatram a derrocada com um prazer augusto

Neste campo, só de pensar

Trememos pela dor da grama pisada

Trazendo em si, uma angústia que não buscávamos

O amargo gasto, como uma nota esmorecida

Jorrada nos desejos,

Inanimada, rota e perdida

Talvez os rumos possam ser outros, talvez

Mas quem, sem deter-se ao passado

Tem no presente, o que o futuro será?

Alguém dirá, ...arrisque-se...

Outros, deixe o tempo escrever

Mas ninguém aportará em calmaria

Com tantos copiando máximas perdidas

Onde, vantagens pertinentes, chegam primeiro

Sem o devido talhamento do seu produto

A dignidade deflorada pela cobiça alheia

Calcada em matizes funestas, aborta

Quase que prematuramente

Qualquer projeto de viver

Como se tanto, de sabor duvidoso

Tragado aleatoriamente

Representasse

Algum bom partido,

Produto acabado, inútil e avesso ao ser,

Ao estar, ao fazer.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 05/05/2005
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