Anoitecer

ANOITECER

Um manto negro estendido,

Coberto de estrelas,

Vai se propagando, buscando espaços,

Numa imensidão sem fim,

E mostra a face calma e serena,

Convidativa para se amar.

Nutre de paz,

Silencia todas as hordas,

Que num frenesi,

Buscam descansos,

Após jornada do dia,

Exaustiva, quase um cansaço.

Piscam as trelas,

Num frenesi de atropelos,

Inquietas, buscando as vaidades,

Em constelações que se juntam,

E se identificam aos olhos ávidos,

Que buscam suas belezas estonteantes.

São assim agregadas, outras solitárias,

Umas maiores mais atrevidas,

Outras, pequeninas, quase um traço,

Na imensidão onde se escondem,

E mesmo assim tem seus espaços,

Fazendo parte do imenso universo.

Noite serena que acalma as dores,

Nutre paixões dos enamorados,

Solitários, só corpos se tocando,

Numa desenfreada busca de seus sonhos,

Que só seus segredos confessados,

Desenham almas sedentas de amor.

Jairo Valio - 15-02-09