Δάφνη – Dáfne

Δάφνη – Dáfne

Ah, se tu não podes ser amante

e de mim não podes ser mulher

nem o eterno cântico da amada,

sejas tu ao menos meu instante

de viver do encanto se eu puder

não viver sem precisar de nada.

Ai de mim, essa árvore sagrada

carregada de meus desenganos

sonhos falsos que eu até desejo

com a alma tão só desobrigada:

viver só o amor de muitos anos

vividos do veneno de teu beijo!

Ah, do amor ferido com doçura

feliz sensação é um não ter fim

a demência em fase de ternura

que dói e me cura e fica assim...

Ai de mim!...

Afonso Estebanez

Afonso Estebanez
Enviado por Afonso Estebanez em 19/03/2009
Código do texto: T1494156
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