DEVANEANDO

Sou um navegante errante

guiado pelas águas frias da ilusão...

Lá no horizonte descortinado

o mar se encontra com o céu,

enquanto eu, um solitário viajante,

fixo meu olhar no infinito,

nele buscando encontrar

o sorriso da minha amada

e o cintilar dos seus olhos

navegando em minha direção.

Mas que nada!...

Apenas o gosto amargo da desilusão

é o que vejo aproximar-se de mim,

trazendo com ele a certeza

de que distante dos meus olhos

ela para sempre permanecerá.

E o meu peito, velho e cansado,

acostumar-se-á com a solidão,

cuja razão dos meus devaneios

é o fato de a amada não existir.

Joésio Menezes
Enviado por Joésio Menezes em 18/03/2009
Código do texto: T1492472
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