ROSA PÚRPURA

O caule disforme, de espinhos afinados,

Que aguçam, ferem, machucam o incauto,

Geram no topo suave contraste,

Um broto fechado, de formas condensas,

Aos poucos desperta, num espreguiçar tão belo,

Um botão de rosa de singela beleza,

Desabrocha sereno, qual criança que acorda.

É passageiro o encanto presente,

Implode no casulo fechado nova forma de vida,

As pétalas se espraiam numa perfeita simetria,

Gerando uma rosa de esplendorosa beleza,

Exalando perfume que inebria a mente,

E a cor rubra, vermelha, de raça,

É o toque singelo de uma obra de arte.

É o símbolo do amor que a todos enternece,

Traz deleite a corações enamorados que sonham,

E onde reina soberana e com graça,

Traz sabor à vida e afasta tristezas,

Mesmo sendo curta a sua existência,

Ditadas por normas que não entendemos.

Rosa púrpura, porque fostes embora?

A sua existência tão curta feriu-me a alma,

Sonhava vê-la a todo o momento,

Inebriar-me do tênue perfume de êxtase efeito,

Quando via sua beleza de encantos sublimes,

E conduzia delicias à minha mente em transe.