O tempo se bate feroz...

O tempo se bate feroz

Toma a noite para si

Lascinante como a dor temida

Tornando essa janela o seu algoz

O pensamento corre

Busca insanamente um covil

Qualquer canto, qualquer beira,

Para levantar essa voz que morre

Ele voltou divagar

Até parece um sarcedote

Sem batina é claro

E agora vai falar sem parar

Um manto escuro cobre o dia

São meus pecados, meus pecados

Cruz para minha indulgência

Faltei para com meus queridos

Fui da vergonha à blasfêmia

Mas encarei os estúpidos

E se me lembro, acho que bati com violência

Sei lá, quase não vejo

É verdade, estou cego

Tentei ajudar, mas fui traído.

Um vasto caminho

Morre, onde se inicia outro.

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 05/05/2005
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