NÃO HÁ DILEMA

Quando me sinto

num labirinto

ou encruzilhada

e a minha alma aniquilada

é folha morta...

Quando me vejo

como pintura inacabada

e o meu desejo

chega à loucura

e me desfaço...

Quando a procura

é uma saída

que não tem porta

e o meu abraço

vai para o espaço...

Ainda assim

não é o fim, não há dilema

pois sempre encontro

dentro de mim

"aquele" poema!

Menção honrosa - Jogos Florais da Associação Portuguesa de Poetas/1999

(In "Geometrias Intemporais")

Carmo Vasconcelos
Enviado por Carmo Vasconcelos em 05/05/2005
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