NÃO HÁ DILEMA
Quando me sinto
num labirinto
ou encruzilhada
e a minha alma aniquilada
é folha morta...
Quando me vejo
como pintura inacabada
e o meu desejo
chega à loucura
e me desfaço...
Quando a procura
é uma saída
que não tem porta
e o meu abraço
vai para o espaço...
Ainda assim
não é o fim, não há dilema
pois sempre encontro
dentro de mim
"aquele" poema!
Menção honrosa - Jogos Florais da Associação Portuguesa de Poetas/1999
(In "Geometrias Intemporais")