O QUADRADO

Cai a noite...

Baixa o silêncio

de lúgubres ruídos

sombras agitam-se

em danças espectrais

duendes e gnomos

congeminam diabruras

almas penadas

visitam moradas antigas

Num passe mágico

de mão invisível

o manto de negrura que me envolve

desdobra-se a meus pés

pondo a nu

a visão aterradora

do quadrado que me encerra

(In "Geometrias Intemporais")

Carmo Vasconcelos
Enviado por Carmo Vasconcelos em 05/05/2005
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