DESCUIDO DO IMPROPÉRIO
Quero a voz do povo
Em um cantar simples.
A terra , a chuva, a dor
e tudo que se vive
na denúncia que não se entende.
Quero uma poesia ingênua
para um “rock’n’rool” maldito,
para transformar em crime
o que é protesto
e dar adeus ao resto
que ao sistema se redime.
Quero uma poesia triste
para uma canção alegre,
o que viver sentir na pele,
a escuridão para o ermo,
azuis para estar a esmo.
Querer é o consolo da sutileza
na vida em que impera a necessidade.
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Este poema compõe o projeto “O tolo, o roto e o homem”.