DESCUIDO DO IMPROPÉRIO

Quero a voz do povo

Em um cantar simples.

A terra , a chuva, a dor

e tudo que se vive

na denúncia que não se entende.

Quero uma poesia ingênua

para um “rock’n’rool” maldito,

para transformar em crime

o que é protesto

e dar adeus ao resto

que ao sistema se redime.

Quero uma poesia triste

para uma canção alegre,

o que viver sentir na pele,

a escuridão para o ermo,

azuis para estar a esmo.

Querer é o consolo da sutileza

na vida em que impera a necessidade.

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Este poema compõe o projeto “O tolo, o roto e o homem”.

Luís César Padilha
Enviado por Luís César Padilha em 16/03/2009
Código do texto: T1490139
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