A LÁGRIMA DO ALGOZ

Procuro o jeito de viver

sob a chuva de injustiças.

Sobreviver praticando o bem.

A justiça, ainda que tardia,

revela a beleza da vida,

nem que seja em sonho.

Longe de grades,

Vivendo o despudor

que o dinheiro pode proporcionar,

sem praticar o bem

e tendo tudo o que se quer.

É preciso anular as fontes do azar.

Revólver no cemitério,

dinheiro no mundo de igualdade

e a bomba atômica na fraternidade,

significam homem.

Ser racional não anula a possibilidade do amor.

O perdão para os impiedosos

é o azar na máscara dos injustos.

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Este poema compõe o projeto “O tolo, o roto e o homem”.

Luís César Padilha
Enviado por Luís César Padilha em 16/03/2009
Código do texto: T1490128
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