A LÁGRIMA DO ALGOZ
Procuro o jeito de viver
sob a chuva de injustiças.
Sobreviver praticando o bem.
A justiça, ainda que tardia,
revela a beleza da vida,
nem que seja em sonho.
Longe de grades,
Vivendo o despudor
que o dinheiro pode proporcionar,
sem praticar o bem
e tendo tudo o que se quer.
É preciso anular as fontes do azar.
Revólver no cemitério,
dinheiro no mundo de igualdade
e a bomba atômica na fraternidade,
significam homem.
Ser racional não anula a possibilidade do amor.
O perdão para os impiedosos
é o azar na máscara dos injustos.
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Este poema compõe o projeto “O tolo, o roto e o homem”.