Dedos De Prosa

Como um cão faminto que lambe as páginas de um livro,

O poeta, homem sofrido,

segue o caminho e os labirintos

das linhas de suas mãos.

Emoldura cada detalhe de seus sentimentos,

cada cena,

cria poemas desafiando e enganando a vida.

Essa é sua geografia, sua sina.

Necessita de poucas coisas:

Mar, lua, violão, vinho tinto,

sua alma de menino,

o coração e o carinho da mulher amada.

Todo o resto não interessa,

e não leva a nada,

Deseja apenas dedos de prosa de felicidade

e horas de folgas para sonhar.

Roberto Passos do Amaral Pereira
Enviado por Roberto Passos do Amaral Pereira em 16/03/2009
Código do texto: T1489008