Dedos De Prosa
Como um cão faminto que lambe as páginas de um livro,
O poeta, homem sofrido,
segue o caminho e os labirintos
das linhas de suas mãos.
Emoldura cada detalhe de seus sentimentos,
cada cena,
cria poemas desafiando e enganando a vida.
Essa é sua geografia, sua sina.
Necessita de poucas coisas:
Mar, lua, violão, vinho tinto,
sua alma de menino,
o coração e o carinho da mulher amada.
Todo o resto não interessa,
e não leva a nada,
Deseja apenas dedos de prosa de felicidade
e horas de folgas para sonhar.