pintura/Bracher/o trem
DA VARANDA DO BANGALÔ DA RUA ALAGOAS/NO JARDIM DE SOFIA(zocha)
Da varanda do bangalô da rua Alagoas
de piso de cimento
com pó vermelhão espelhado
que a mãe lustrava com vasourão
por entre as floreiras altas
muralhadas e salpicadas
de malvas caídas pelos beirais de concreto
via-se o pequeno jardim de cravos
onde rodopiavam as silvosas margaridas
girasolos embecidas
enquanto ouvia-se o estrondoso ruído
do fim do mundo quando passava o trem
na quadra de cima da Vila G
depois da árvore do enforcado
rumo à Araucária das roseirais.
Como tremia o chão!!!!
Passava como um rio desesperado
destravancado de sua guarnição
um vulcão pustulado qual dragão ferido
esquecendo que sob a beiral de seus trilhos
levava consigo uma revoada de moradas simples
como a de dona Anita
e seu João carpinteiro crente
de Edília de Maria
que faziam brilhar as panelas sob o chão de
barro da cozinha de cada dia
Não se via brilho igual de constelação luminar
enquanto o trem passante com suas asas
revoava insano
entre partidas e chegadas
e desfiava suas linhas em curvas e madrugadas
sob os dias e noites dos meus olhos
que ainda petalavam levedavam...
óleos sacros de caramanchão!
www.lilianreinhardt.prosaeverso.net
http://cordasensivel.blogspot.com
DA VARANDA DO BANGALÔ DA RUA ALAGOAS/NO JARDIM DE SOFIA(zocha)
Da varanda do bangalô da rua Alagoas
de piso de cimento
com pó vermelhão espelhado
que a mãe lustrava com vasourão
por entre as floreiras altas
muralhadas e salpicadas
de malvas caídas pelos beirais de concreto
via-se o pequeno jardim de cravos
onde rodopiavam as silvosas margaridas
girasolos embecidas
enquanto ouvia-se o estrondoso ruído
do fim do mundo quando passava o trem
na quadra de cima da Vila G
depois da árvore do enforcado
rumo à Araucária das roseirais.
Como tremia o chão!!!!
Passava como um rio desesperado
destravancado de sua guarnição
um vulcão pustulado qual dragão ferido
esquecendo que sob a beiral de seus trilhos
levava consigo uma revoada de moradas simples
como a de dona Anita
e seu João carpinteiro crente
de Edília de Maria
que faziam brilhar as panelas sob o chão de
barro da cozinha de cada dia
Não se via brilho igual de constelação luminar
enquanto o trem passante com suas asas
revoava insano
entre partidas e chegadas
e desfiava suas linhas em curvas e madrugadas
sob os dias e noites dos meus olhos
que ainda petalavam levedavam...
óleos sacros de caramanchão!
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