Terceira Estação
Aos que desaprovam os beijos cálidos
E os gestos de ternura
Em romances de outono
Que costurem rente a pele áspera
A roupa da futilidade.
E transvõem ao reino da loucura
Ou que se rendam em homenagem
(Do Aflito)
Nos templos de linhas - retas.
Neste barco que vos ofereço
O rio chama
Louco de amar as navegações
A favor dos segredos...
Do silêncio habitado dessas águas
Nascem versos de sopro em vela.
À margem brota o riso franco
Advindo de amores (quase) proibidos.