SÃO VICENTE

Como é que se sente fogo

alegria, candura, amor

E se ver tudo de novo

em ver tudo o que já passou?

Saudade em mim soa

como nada, coisa à toa

como coisa inexplicável

mas versável – bela...

Cansa a ponte de passar

sobre as águas, passarela...

Que se entre árvores se dá

na sombra do ar-caravelas

Como é que se acende fogo

em tudo o que não há

como o fundo tão maravilhoso

que tanto tenho de imaginar?